segunda-feira, 6 de maio de 2013

Outro... apenas mais um

Noite de terça-feira. Ainda há um muro. Desta vez, eu estou ali, bem cima, prestes a pular novamente. Transpor as barreiras que nós mesmos construímos, numa tragédia anunciada em que tudo pode dar errado [novamente] parece um sadismo incoerente com a vontade de não se machucar mais. Mas ali está você, prestes a se permitir... prestes a [talvez] se machucar novamente... Por quê isso acontece?

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Outro... Lembre-se

Lembre-se deste exato momento. Desse agora, de tudo que a vida te fez ter certeza... Lembre-se desse exato minuto. Lembre-se que você está com os ombros pesados, testa franzida, corpo desgastado e não consegue nem definir o que pensar... Lembre-se disso, como você não lembrou de todas as outras vezes e foi se permitindo, em todas as possibilidades que apareceram... Lembre-se que você já culpou muita gente da sua inabilidade de cativar (ou cativar da forma errada) e nunca percebeu que é você o problema. Sim, lembra disso quando um sorriso bonito bater de novo na sua porta, amigão. E se pergunte se você quer estar aqui, de novo, outra vez, novamente, escrevendo mais do mesmo inútil desgosto de que você vai estar no segundo plano sempre. Sempre amigão. Não faz isso mais com você mesmo, valeu???

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Outro... Quando tudo se repete...

Olá meu caro blog.

Amigo de todas as horas. Lembra que eu te prometi que haveriam postagens alegres e que não haveria espaços para lamentos... Pois bem, talvez, você nesse silêncio tecnológico e estático que supre a minha necessidade de ser ouvido ainda vá ter mais palavras do tipo... Mas neste caso, não vai haver "estrago" porque houve uma certa antecipação de envolvimento... enfim.

O que me frustra nem é a chance em si perdida, ou o fato de que "alguns meses atrasado" tenham me deixado em desvantagem. O que me frustra de verdade é que eu não consigo a chance, o benefício da dúvida de mostrar quem eu sou e o que eu posso oferecer... Ou estou em comparação com outro, ou estou apenas no momento e hora errados. 

E como isso sempre ocorre, eu busco incessantemente descobrir o que há de errado ou qual absurdo eu posso ter feito em outra existencia para ter que passar por isso, de uma forma tão injustificável. E o que é pior, eu não posso culpar ninguém por isso. 

Perdido e em frente eu sigo...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Outro... Amor? (SPOILER DO FILME. NÃO LEIA CASO VOCÊ NÃO O TENHA VISTO AINDA)

Este post vai ser curto. Amor, filme francês dirigido por Michael Haneke, que já começando a criticar, abusa dos planos cansativos e estáticos, com a intenção de nesses momentos, acredito eu, fazer com que o espectador queira se matar com um alfinete no pulso, quase conseguiu contar uma história dramática que  embora tenha alguns elementos clichês padrão, fosse interessante e comovente. Mas ao contrário só conseguiu colocar um puta interrogação na cara dos pobres bobos que tiveram a infelicidade de comprar ingressos para ver o filme com um roteiro de cena final incrivelmente pobre e revoltante:

(...)Velho esquizofrênico sai de seu apartamento. 

---- Corte seco ----

Plano geral sem movimento da sala, interminável

---- Corte seco ----

Plano do corredor com portas do quarto, interminável

---- Corte seco ----

Plano fechado na porta. A personagem de Isabelle Huppert entra, fitando o local vazio e sem expressão de raiva, ódio, dor, alívio, alegria ou qualquer outro esboço de sentimento. 10 segundos parada na porta. Personagem entra no apartamento.

---- Corte seco ----

Personagem de Isabelle Huppert anda pelo corredor de acesso ao quarto da mãe. Sem expressão.

---- Corte seco ----

Personagem de Isabelle Huppert  adentra a sala e senta-se no sofá. Olha para a direita.

---- Créditos ----


Embora eu tenha contado a cena final, se você deseja assistir este filme, assista apenas os 5 primeiros minutos, porque o filme já começa no fim e tudo o que você vai saber de novo durante o filme inteiro está contado nesses 5 minutos.. Se ele fosse contado de trás para frente, acredito eu que Michael Haneke até poderia ter tido um certo êxito, já que, narrando uma história meio clichê, poderia nos ter emocionado mais com cenas elaboradas dos dois personagens em questão. Nem em uma das partes mais psicologicamente fortes e impactantes, que não vou revelar o que é (para que,se ainda assim você cair na besteira de ver o filme, ter pelo menos o gosto dessa surpresa), não soube ser bem explorado. Teve o impacto inicial, mas depois foi frio, chato e destruiu toda a "mágica" que se tentou colocar em mérito de um dos personagens. Fazendo uma analogia, é meio que como se o Robin Hood ajudasse todo mundo durante o filme inteiro, mas no fim dissesse "foda-se! agora o dinheiro vai ficar só comigo!"

O filme em si trata da história de dois aposentados quaisquer, que não tem nenhum atrativo para captar a atenção de quem está assistindo.  Fala da história de Georges e Anne, que poderia ser a história do tio que montou um bar na esquina, que veio da bahia e sua esposa, do vizinho do lado e da sua mulher ou de qualquer história de vida comum. Talvez o tio da bahia tivesse uma história mais ampla e profunda do que os personagens citados, visto que a única coisa que se descobre ao longo das intermináveis 8 horas e meia de filme é que a mulher era professora de música. E Fim (para alegria geral da sala).

Tinha tudo para ser um filme incrível, comovente e emocionante... 

Por outro lado, se for analisar que a intenção do diretor era justamente mostrar uma história crua, realista e sem esse dramalhão que justamente as pessoas esperam ao ver um filme nesta temática, afirmo que ele foi extremamente bem sucedido.

Palmas para a Atriz Emmanuelle Riva, que mesmo com esse roteiro maçante, exageradamente estático e chato, conseguiu uma atuação brilhante e convincente.


*Não sou crítico de filmes. Mas esse merecia...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Outro... Sobre interesses

Sim, uma postagem menos depressiva... Na verdade, eu sempre falo em fechar ciclos e em mudanças, em me tornar um cara mais esperançoso... Enfim...
Acho que desta vez, pode soar um clima menos tenso, menos pesado e menos carregado de rancores, mágoas e sentimentos de “mais do mesmo”.
O corpo está muito cansado devido à nova oportunidade profissional, e a mente trabalhando a mil. Não sobra mais tempo para lamentos. Não agora. Há tanto de melhor acontecendo, tantas portas que talvez se abram que vai ficar difícil se fazer de vítima neste momento.

A motivação que eu tanto pedi começa a surgir. Surge na possibilidade do projeto milionário que está na minha mão, que pode me definir ou me enterrar de vez no mercado (e eu sei que vai me definir), tem a desconhecida (que está se tornando um rosto amigo) bonitinha e inteligente que talvez me dê o benefício da dúvida... Tem as viagens que vão surgir, o seriado que será gravado e a saúde que será melhor acompanhada... Há tanto neste começo de ano ímpar que eu me pergunto o por quê ter perdido tanto tempo com lamentos. 
E como isso também é um lamento, só posso olhar para frente e simplesmente seguir com o que vai vir, e deixar o que foi para trás, e nada mais. E então, com essa postagem, espero findar o período negro que esse blog acompanhou de tão perto para que ele possa a partir de agora, receber postagens que signifiquem algo positivo. Mais do mesmo agora, apenas na canção de Renato Russo. As próximas páginas agora só terão “mais do novo”. E isso é fatídico, e não tendência.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Outro... E a falta que faz...

Saudades... Esse sentimento um dia talvez me leve a morte. Não por ser uma enfermidade, não por ser prejudicial à saúde (em doses baixas ou altas), não por ter um motivo ou um "eu especial".
A saudade é uma sorrateira e cruel companheira. Não se dá nome a ela, nem lugar. Não se classifica, nem se qualifica. Ela apenas está ali, sentada num canto. Saudade não tem face as vezes. Ela apenas se torna uma sombra, um vulto... Você não a vê, mas a sente. Ela é descarada. As vezes te cutuca de leve, e você passa dias e dias olhando para trás e tentando ver quem te encostou. Ela também é abusada, pois te invade de formas que nenhum outro sentimento jamais fez (ou poucos fizeram).
A pior das saudades é a saudade sem razão. É aquele tipo de saudade que você não consegue descobrir do que se trata. É uma falta tão grande, um vazio tão indescritivelmente denso e palpável que chega a ser terrivelmente doloroso. Doloroso porque, quando se sabe do que se trata, se pode ter uma opinião ou uma qualidade de sentimento acerca daquele assunto. Mas quando ela vem do nada, e te propõe que sua vida está em débito consigo mesmo, que você não deveria estar neste caminho que você tomou (ou sim, deveria estar ali, mas em um contexto diferente), você sempre acha que alguma coisa não está em seu devido lugar. 
Aquele que é abandonado por sua amada, aquela que é rejeitada pelo pai, aquele que é roubado ou esse que é agredido de graça... todos esses sabem da sua dor. Todos esses tem um rosto para seus ressentimentos, motivos para sua revolta e para seus sentidos. Mas a saudade amigo, a nostalgia... essa é covarde. Às vezes, um cheiro, uma música ou um deja vù simples bastam para que ela apareça e comece a te encostar. 
E perdido eu sigo nessa solidão, meio trancado em meu peito, sem ter como fugir...

*Da série: Textos que nunca serão lidos por ninguém...