segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Outro... Sobre interesses

Sim, uma postagem menos depressiva... Na verdade, eu sempre falo em fechar ciclos e em mudanças, em me tornar um cara mais esperançoso... Enfim...
Acho que desta vez, pode soar um clima menos tenso, menos pesado e menos carregado de rancores, mágoas e sentimentos de “mais do mesmo”.
O corpo está muito cansado devido à nova oportunidade profissional, e a mente trabalhando a mil. Não sobra mais tempo para lamentos. Não agora. Há tanto de melhor acontecendo, tantas portas que talvez se abram que vai ficar difícil se fazer de vítima neste momento.

A motivação que eu tanto pedi começa a surgir. Surge na possibilidade do projeto milionário que está na minha mão, que pode me definir ou me enterrar de vez no mercado (e eu sei que vai me definir), tem a desconhecida (que está se tornando um rosto amigo) bonitinha e inteligente que talvez me dê o benefício da dúvida... Tem as viagens que vão surgir, o seriado que será gravado e a saúde que será melhor acompanhada... Há tanto neste começo de ano ímpar que eu me pergunto o por quê ter perdido tanto tempo com lamentos. 
E como isso também é um lamento, só posso olhar para frente e simplesmente seguir com o que vai vir, e deixar o que foi para trás, e nada mais. E então, com essa postagem, espero findar o período negro que esse blog acompanhou de tão perto para que ele possa a partir de agora, receber postagens que signifiquem algo positivo. Mais do mesmo agora, apenas na canção de Renato Russo. As próximas páginas agora só terão “mais do novo”. E isso é fatídico, e não tendência.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Outro... E a falta que faz...

Saudades... Esse sentimento um dia talvez me leve a morte. Não por ser uma enfermidade, não por ser prejudicial à saúde (em doses baixas ou altas), não por ter um motivo ou um "eu especial".
A saudade é uma sorrateira e cruel companheira. Não se dá nome a ela, nem lugar. Não se classifica, nem se qualifica. Ela apenas está ali, sentada num canto. Saudade não tem face as vezes. Ela apenas se torna uma sombra, um vulto... Você não a vê, mas a sente. Ela é descarada. As vezes te cutuca de leve, e você passa dias e dias olhando para trás e tentando ver quem te encostou. Ela também é abusada, pois te invade de formas que nenhum outro sentimento jamais fez (ou poucos fizeram).
A pior das saudades é a saudade sem razão. É aquele tipo de saudade que você não consegue descobrir do que se trata. É uma falta tão grande, um vazio tão indescritivelmente denso e palpável que chega a ser terrivelmente doloroso. Doloroso porque, quando se sabe do que se trata, se pode ter uma opinião ou uma qualidade de sentimento acerca daquele assunto. Mas quando ela vem do nada, e te propõe que sua vida está em débito consigo mesmo, que você não deveria estar neste caminho que você tomou (ou sim, deveria estar ali, mas em um contexto diferente), você sempre acha que alguma coisa não está em seu devido lugar. 
Aquele que é abandonado por sua amada, aquela que é rejeitada pelo pai, aquele que é roubado ou esse que é agredido de graça... todos esses sabem da sua dor. Todos esses tem um rosto para seus ressentimentos, motivos para sua revolta e para seus sentidos. Mas a saudade amigo, a nostalgia... essa é covarde. Às vezes, um cheiro, uma música ou um deja vù simples bastam para que ela apareça e comece a te encostar. 
E perdido eu sigo nessa solidão, meio trancado em meu peito, sem ter como fugir...

*Da série: Textos que nunca serão lidos por ninguém...