sábado, 15 de dezembro de 2012

Outro... O que te faz se encantar?

Ok. O cara conhece a menina, a menina conhece o cara. Estão "conhecendo" pessoas novas. Esse "conhecer pessoas novas" é um pé no saco. Num mundo cada vez mais competitivo, onde se precisa mostrar um pré-determinismo (sim, no contexto da casualidade) de que se tem a melhor vantagem, que se pode oferecer a melhor história, que tem a melhor condição financeira e cultural, que tem coisas em comum (ou que é o oposto, e por isso se dariam tão perfeitamente bem)... E é onde eu me questiono: O que te faz se encantar? Por que João escolhe Maria ao invés de Fátima? (e o questionamento, com base na lei de movimento uniformemente variado da física, depende do referencial) Se transpondo aos dias atuais, onde está a validade dessa análise que as pessoas fazem, saindo com 2, 3 ou mais pessoas ao mesmo tempo? Veja bem a relevância da auto-sabotagem humana: Maria e Fátima saem com João. Nesse contexto, vamos esquecer que o mundo é esse bacanal, essa profusão / superabundância do egoísmo das pessoas em um relacionamento e fingir que tudo é perfeito e todas as pessoas são felizes e que têm cortesania umas pelas outras. Mas ainda assim, nesse cenário bonito e perfeito, imagine que João foi enganado e sacaneado pelas últimas namoradas e agora está no momento "conhecer pessoas", e por isso sai (ao mesmo tempo) com Fátima e Maria. João tem que pensar que as duas são pessoas e que também possuem suas ambições, desejos e, é claro, sentimentos. Nesse triângulo, quando João escolhe Maria, seja por seus atributos, pela sua atraente e sensual aparência, seja por suas ideias sólidas ou porque simplesmente "deu na telha" que a tal Maria é uma opção melhor à Fátima, eu me pergunto: E a pobre da Fátima?
Sim, ela pode ter um bom emprego, ser independente, ser relativamente bonita, ter uma boa educação, mas ela não cativou o João. Até aí nenhum crime, visto que não se apaixona por uma pessoa apenas pelas suas qualidades, e cada um tem uma visão centrista do que é ou não qualidade. Mas volto a questionar: E a pobre Fátima? Por que os Joãos, as Adrianas, enfim, em sua busca por "conhecer pessoas novas" não o fazem uma por vez, ao invés de se formar aquele tabuleiro maldito de xadrez em que apenas um rei tem que ficar de pé? Por que a Fátima tem que ficar em um joguinho ridículo e oculto com a Maria numa "competição" que só o João é quem tem as regras e decide quem ganha e quem perde? Por que o João não sai com a Maria primeiro, analisa sem tabelas comparativas o que presta e o que não presta nela para poder obter um relacionamento sadio, seja com ela ou qualquer outra fulana? 
Pode ser que o João tenha o direito de fazer assim. Que sejam duas ao mesmo tempo. Mas na minha concepção, que pode sim ser julgada aqui nesse texto também como centrista, idealista ou frustrada (tanto faz), ninguém tem o direito de lidar com sentimentos que não sejam pessoais e próprios. 

Entenda a experiência descrita nessa narrativa chata e a princípio sem razão.

Eu (o cara que vos escreve), há um tempo atrás, saía com uma menina que era exatamente meu número perfeito. Se fosse americano, eu diria "She is the one!". Foram 4 meses mais ou menos juntos. E no fogo daquela paixão de início, doido para virar um namoro, a menina vai e me sofre um acidente meio sério de carro. Então vai o otário lá levar flores, super preocupado porque, quando finalmente acha uma maluca comportada, exatamente o tipo de mulher que eu sonhava quando eu era um panacão de banda que escrevia letras falando de um amor que eu queria viver - e ele só existia na minha cabeça - ela vai e sofre um acidente??? Que injusto! Que vida Cruel! Que azarado que eu sou! (É, mas aí é que a definição de azar teve um significado mais tátil e mais gustativo...)
Chego no quarto da tal menina, com um ramo de flores e todo um discurso cheio de carinho e cumplicidade, daquela coisa de adolescente estúpido que acredita nas porcarias que a industria cultural cultivou ao longo de sua existência no modo de vida da sociedade, entra no quarto e dá de cara com outro sujeito. Até aí nada demais, afinal, a menina tem amigos, família, uma vida separada e independente da minha. Ela tinha o direito de ter até 10 caras ali ao mesmo tempo que poderiam ser verdadeiramente amigos dela. Pois bem. Todo cordial como sempre fui, pego a mão mole e sem vontade desse rapaz que me olha com fito de defesa e desconfiança, meio que parecendo tentar decifrar o que eu fazia ali, e então, com um sorriso de alívio de ver a menina bem, me volto para ela e percebo seus olhos esbugalhados e tensos, um uma curvatura de lábios que ensaiava um riso, mas mais parecia uma etiqueta escrito "FUDEU PRA CARALHO". Então, espontâneo como sempre fui, comecei lá a proferir meu discurso que parou no "achei que ia te perder, minha linda". E o molequinho, que era bonito fisicamente e um pouco mais velho do que eu começa a discutir, perguntando se eu tava louco porque a "mina saía com ele, vélhu". E então eu não podia pedir uma explicação para a própria causadora da maldita e mais terrível saia justa a qual vivi na vida, porque estava toda arrebentada e costurada em cima de uma cama. Ali eu conheci meu "concorrente oculto", o qual eu nunca tive a mínima chance de provar para a cretina que eu era melhor que ele. E é aí que eu vejo a falta de cordialidade de um ser humano para com o outro, além de entender isso como uma auto-sabotagem, visto que (matematicamente falando), quanto mais variáveis, mais resultados possíveis.

Esse é o momento em que a definição de "autoestima no fundo do intestino de um urubu do agreste" ficou bem fixa na minha cabeça. E não só isso... SEMPRE que me vejo saindo com uma menina nova, qualquer movimento de celular, cabeça para o lado ou preocupação com horário ou simplesmente uma frase do tipo "ah... eu já fui lá", eu penso: "Puta que pariu, quem é o concorrente oculto, ou OS concorrenteS ocultoS dessa vez?"

Acho que é bem isso que frustra em relação a tentar achar uma parceira... E eu agora, no auge dos meus 30 anos, percebo que a constante é verdadeira. As pessoas buscam muitas variáveis, e nessa, deixam escapar muitos pequenos detalhes dos dois concorrentes e acabam sendo mal sucedidas nos dois cenários (sim, nem sempre) porque o relacionamento com o concorrente escolhido dá errado por alguns detalhes terem passado despercebidos no período de "teste", e talvez o Rodrigo lá poderia ter se saído bem e ter a vida padrão do ser humano atual que é nascer, crescer, reproduzir-se e morrer.

"Ler um livro, ter um filho e plantar uma árvore"... Com a atual conjectura dos fatos, acho que posso começar a pular de paraquedas, voltar a escalar,  me permitir viajar com 50 reais apenas no bolso... enfim, ter uma vida sem raízes, pois de verdade, eu já cansei de não saber quem é o meu oponente oculto, tão pouco o que ele pode oferecer que eu também não possa...

Soa meio ressentido e pragmático, mas na minha concepção ideológica, todos (todos mesmo, sem distinção) tem o direito de saber contra o quê "lutam". 

O que te faz se encantar? Quer dar oportunidade, legal! Mas me analise tendo a mim, e apenas a mim como referência. Eu tenho os meus defeitos e dificilmente vou mudar. Mas tenho certas qualidades e valores que me fariam nunca sequer cogitar uma hipótese de abandonar aquela que eu amo. E isso só quem se permitir estar comigo vai conseguir descobrir.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Outro... O que deu errado?

Viagem para Uberaba... Só certezas de que a melhor coisa que eu fiz na vida foi ter saído de lá. Então, me vejo pro espelho e enxergo um cara de 30 anos, completamente desiludido e sem tesão na vida. Por quê disso? Sim, isso pode soar depressivo, mas não é. Nem essa desculpa trágica de estar enfermo ou diante de uma situação que foge a meu controle eu posso dar. É pura e simples inabilidade de me mover adiante pelo único motivo da descrença. Ao ver meu amigo e irmão Gui com sua filha amada e seu casamento completamente superficial e vazio, eu ainda o invejo. Não pela vida conjugal, porque convenhamos, eu devo fazer mais sexo com a minha própria mão do que ele com a esposa (desculpe pela frase chula, porém verdadeira), mas sim por aquela pessoinha que ele deve amar mais do que qualquer outra coisa na vida. E eu fico pensando se, em algum momento da minha vida eu tivesse tido um filho (ou uma filha, que eu sempre fui maluco para ter) eu me sentiria completo, motivado e feliz...
Sinto uma falta maluca na vida e o que me frustra mais ainda é ter a certeza de que não faço a mínima ideia do que seja. Seria um filho? Seria um relacionamento? Seria sonhos que se perderam pelo caminho? Seria carreira? 
Se aquele lance em 1996 for verdade, de que eu fui um monge ou ermitão em uma vida anterior, talvez eu esteja apenas recorrendo às origens desse passado mitológico da minha vida.
Não sei bem ao certo o que é, e qual é o problema. Às vezes eu olho para a foto daquele eu tanto amei verdadeiramente e unicamente na minha vida e me pergunto o que foi que deu errado... Talvez eu estivesse tão ansiosamente feliz por ter encontrado “a garota” que eu tenha colocado tudo a perder com minha nada ortodoxa e bipolar maneira de ser na época. Talvez existam dois vilões nessa história e talvez não exista nenhum culpado. Talvez, em cada rosto de desconhecida eu tente achar aquilo que eu achei um dia e deixei escorrer pelas mãos. Talvez este seja apenas um apelo sem voz que grito silenciosamente nesse canto levemente iluminado de esperança que ecoa no vácuo da minha pobre e confusa dor de ter a certeza de que nada faz sentido...
Talvez seja apenas um drama para ser transformado em um roteiro algum dia, talvez uma consulta para escrever algumas músicas daqui há um tempo.
Mas a pergunta que sempre, sempre e sempre vai existir por aqui é: Qual o sentido disso tudo? Qual o sentido de acordar todas as manhãs, enfrentar um chefe judeu filho da p* (ou outros que ainda vão vir, ou aquelas que já passaram), tentar uma graduação novamente e ficar no ócio nos dias de domingo? Qual o sentido disso tudo?

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Outro... Sensações.

Olá meu pequeno Blog. 
Não, as coisas não mudaram pra mim. Me sinto o mesmo babacão de antes, só que agora com quase 30 anos nas costas.
Comecei (mais um) curso de graduação e (novamente) penso em parar.
Sei lá. Não me encaixo bem nesse mundo. Preguiça da minha existência. Entretanto, se eu estou aqui, estou por causa de alguma coisa. Mas dá preguiça ainda assim.
Fiquei tão preocupado em achar alguém para eu poder salvar há uns anos atrás que acabei esquecendo de salvar a mim mesmo... Irei conseguir colocar todos os meus planos em prática? Não vou saber isso ainda... pelo menos, é o que parece.

domingo, 5 de agosto de 2012

Outro... a viagem...

Sensações... Posso descrever isso na viagem que fiz para Uberaba...
As vezes eu me questiono qual o significado da minha medíocre existência... sofrer por um passado que nunca existiu da forma que eu vivi, estar fadado a ficar sozinho... blá blá blás de sempre... mas essa viagem de volta a Uberaba mexeu um pouco comigo... Não sei se é o mal que me faz aquela cidade ou se esse mal está apenas na minha cabeça... Não sei se quando eu bebo, volto a sentir aquele misto de coisas que eu sentia antes, que eu sempre deixei impresso nas páginas virtuais desse blog... Fato é que sempre as pessoas à minha volta estão felizes, contentes, seguindo em frente... e eu permaneço estacionado. Inerte. Nem minha mudança para São Paulo mudou muita coisa pra mim, no meu íntimo consciente...
Tento terminar meu disco há dois anos e sempre que finalizo uma música, eu acho que ela poderia ficar melhor, e nunca fica melhor porque eu nunca paro de mexer... Não sei bem qual é o fim da linha pra mim... Fato é que sinto uma necessidade muito grande de fazer a diferença na vida das pessoas através da arte, e cada dia que passa, parece que não irei conseguir, porque nada de novo nem de interessante surge... Nada de genial... Nada das coisas incríveis que um dia vieram na minha cabeça... Qual o ponto?
Sensações...
Nada mais a escrever ou descrever... ou sentir...

domingo, 3 de junho de 2012

Outro... sem poder

Como pode isso?
Ficar meia hora aqui para tentar escrever algo e não sentir a mínima vontade... Eu preciso da minha inspiração e volta...
Bom, vou contar que essa noite eu sonhei com uma das meninas que eu mais pago "pau" nessa vida... e sonhei que tinha beijado ela... Lembro até agora a textura macia dos lábios dela... Ela me perguntou se eu gostava dela só como amigo ou de outra forma... Imagina isso... IMAGINA ISSO...
Mas depois que a gente volta a si é meio que triste... Acho que sonhei com isso porque eu nunca tive de verdade uma menina que gostasse realmente de mim. Que sentisse minha falta... não das coisas que eu fazia ou proporcionava a elas...

Acho meio que foi por isso que eu simplesmente me fechei... não deixei ninguém mais se aproximar...

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Outro... Preguiça

Não tem muito para se falar... Mas não. Não consegui nem 20 minutos de papo com a nova garota
Sei lá... perdi a prática nisso... ou o lance é a preguiça mesmo. 
Preguiça de começar tuuuuuuuuuuuuudo de novo, para tentar tuuuuuuuuuuuuuuuuudo de novo, para se foder tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuudo de novo, para engordar, beber e sair escrevendo um monte de asneiras tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuudo de novo... 
Não... acho que eu não sirvo mais para isso.

domingo, 1 de abril de 2012

Outro... Estradas e madrugadas

Sim, já foi título de muitos e muitos posts... alguns eu apaguei, outros têm como ler no histórico. Fato é que certa vez eu escrevi sobre minha vontade, minha sede de me libertar das grades psicológicas que me prendiam em Uberaba (neste post). Agora estou aqui, em SP, de certa forma vivendo aquilo que eu sempre sonhei em viver... Sair daquele lugar...
Perdido? Ainda um pouco... Pode ser que não seja aqui o meu lugar ainda. Mas eu dei o primeiro passo. E eu preciso lembrar disso todos os dias em que acordo para ir trabalhar. Comecei a me descobrir muito tarde. Mas acabei dando o passo adiante. Acabei cruzando a ponte. Lembro daquele domingo como se fosse ontem. O sol estava tão radiante, a estrada tão bonita... O medo e a ansiedade de finalmente estar realizando aquele que por tanto tempo foi o meu desejo. E agora aqui, na capital, mesmo com todos os problemas, mesmo com o chefe filho da puta, mesmo com tantos mendigos, com tantas pessoas bem sucedidas, com tantos "malandros" da vida, eu consigo dizer que não me arrependo de absolutamente nada.
Obrigado a Deus por me permitir isso. Obrigado a mim mesmo, que fiz por minha causa, e por causa de mais ninguém.

Outro... A doce estranha...

Ia fazer uma série de posts com a trilha sonora da época mágica da minha vida, mas o ECAD ta ferrando todo mundo, então nem vai rolar...
Isso vai soar meio que como um poema, mas não é. Eu sinto falta de me apaixonar. Sim, sinto falta daquela sensação indescritivelmente mágica, que nunca mais eu pude sentir novamente. Chego perto disso algumas vezes, e é então a razão do meu título..
À Doce Estranha. Queria muito que ela pudesse ler, mas soaria meio psicopata por eu nunca ter trocado uma palavra com ela. Mas suas fotos me fizeram apaixonar... Não como antes, mas chega perto aquela sensação...
Sorriso meigo, olhos brilhantes, embora tristes, fotos com rosas no chão...
Parece um anjo que caiu, com seu coração partido, e ficou ali, no chão... sem chão...
É bom olhar para ela.