sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sim!!!! Eu mentia!

Eu mentia naquelas noites tão frias, e mentia não só para você, mas para mim mesmo, por que eu nunca soube aceitar de verdade o quanto eu me envolvia a cada minuto... Eu mentia quando falava sobre outras coisas, por que era só sobre seu perfume que eu queria conversar... Eu mentia sobre o que eu mais gostava de fazer, por que estar ali ao seu lado era a coisa que mais me dava prazer, ainda que nos pouquíssimos minutos... Eu mentia sobre os planos futuros, por que você já existia neles muito antes até mesmo que eu pudesse me dar conta disso... Eu mentia para mim mesmo quando ia embora de sua casa, por que era ali que eu queria passar minha eternidade... Alias, minto novamente... Minha eternidade poderia ser "vivida" no pior lugar do universo inteiro, mas seria infinitamente plena, se você estivesse do meu lado. Minto mais uma vez, por que não queria que você existisse num pior lugar do universo... Você deveria existir no mais íntimo dos mundos perfeitos que só existe dentro de você... Eu ficaria vazio por dentro por não ter sua presença, mas confortado de saber que você estaria no melhor e mais feliz lugar que poderia estar. E hoje, depois de tantas noites, de tantas histórias e acasos, me pego pensando se de fato eu não estou neste pior lugar do mundo, visto que sua presença não é algo que me desfruta a melhor das sensações que eu pude viver um dia... Me conforto, tentando acreditar que sim, você está em seu mundo perfeito... Mas novamente minto para nós dois, por que sou um pouco egoísta, e nunca quis dividir você com nada e nem ninguém deste mundo. Eu sempre quis você inteira, só pra mim. Talvez foi isso que fez os caminhos irem para lados tão diferentes, em um tempo tão igual para todo mundo...Talvez você nunca consiga entender o porque... Talvez nem eu entenda como, depois de tanto tempo, você ainda está na minha cabeça... Mas sempre dou um passo adiante para voltar os poucos dias, as poucas horas, os poucos bons minutos que eu te tinha do meu lado... E talvez seja essa a causa do meu sofrimento... Por que eu não consigo ir adiante... eu sempre volto àquele tempo, eu sempre vivo do mesmo jeito, e eu sempre tento fazer dar certo, e sempre dá errado. O destino já me disse tantas e tantas vezes que nossos caminhos não são os mesmos, mas eu insisto tanto em não aceitar... E aqueles poucos dias que eu fico pensando em você, na expectativa daquela hora certa chegar, são os mais incríveis... Mesmo que eu não consiga ter você de verdade, sempre, aqueles poucos minutos em que consigo me ver em seus olhos são indescritíveis, e eu troco qualquer benção no mundo, qualquer talento, qualquer dom por aqueles poucos minutos que isso acontece... Quando acaba, dá o Vazio... O vazio que de é preciso ir adiante... Mas eu nunca consigo ir... e o coração não fica partido... não fica machucado... Ele morre primeiro, e esta morte é que acaba me levando àquele lugar de novo, naquela época, onde tudo começa de novo, onde tudo se renova, onde eu posso pensar no seu rosto com a alegria e a ansiedade de que aquela hora vai chegar. No íntimo, eu acabo sabendo que não vai ser pra sempre. Eu sempre sei o momento em que vai dar errado, e perco o controle sobre a situação... Mas sempre que eu estou caminhando pelas ruínas que estão lá desde sempre, eu me lembro com ternura daqueles dias, daquelas horas...Nunca sei o que fazer para dar certo... Quando você aparece, quando me dou conta de que é você mesma, já é tarde para fazer qualquer planejamento, e acabo optando por não pensar no óbvio... apenas vivo aqueles momentos, seja dentro do carro, seja debaixo das árvores, seja no gelo do lago no inverno, ou na biblioteca do educandário... sempre acontece de um jeito diferente... mas sempre vem o mesmo sentimento... aquele sentimento que eu nunca vou conseguir descrever, ainda que inventem novas palavras, novas línguas... Vai ser sempre mágico daquele jeito que é. E por conseqüência, vai ser sempre destrutivo e amargo o dia depois... Por que você tem um olhar de desprezo que chega a deslocar a alma de lugar... Mas, ainda que exista esse olhar amargo, antes SEMPRE vai existir aquele, que me hipnotiza de formas que eu precisaria de viver mais 7 mil vidas para tentar saber o por que.Fosse fácil apenas "destrancar" a pequena portinhola e voltar para aquela época em que eu era só mais um estudante e você, só mais uma desconhecida bonitinha, quem sabe esses mundos que eu acabei criando deixassem de existir, e aquele mundo perfeito que acontecia continuasse seguindo adiante, com as músicas, as atividades pós classe, com os passeios de fim de tarde, com a chegada da noite curta, e o que mais valia apena, antes de te conhecer, esperar as cores do horizonte que o sol imprimia sob as nuvens na alvorada de 3 horas e meia... Até esqueci o gosto que tinha o chocolate quente (o verdadeiro, não o que existe aqui), o cheiro de jasmim que subia no interlúdio da noite que não escurecia e do dia que demorava a se impor. Esqueci como era perfeito tudo... Mas quando lembro do seu olhar, das palavras, da sensação nostálgica do olhar, do jeito de falar, do jeito de dormir, ainda sim eu sempre tenho a certeza que valeu apena. Ainda que tudo seja vazio agora, valeu cada segundo, cada beijo, cada carinho, cada sensação... Sempre me questionei se eu sabia que ficaria "preso" neste vazio enlouquecedor, mas dia após dia, vou me dando conta que eu faria tudo de novo. Entraria na porta dos mundos todas as vezes para sentir o calor que você me passava... É desconcertante... E vai chegar a hora de entrar novamente por aquela pequena porta... Vai chegar o momento de esbarrar de novo com você, desconhecida, linda e perfeita para minha vida. Vai chegar novamente o momento de abdicar de mim mesmo para estar perto de você. Vai chegar a hora de mentir de novo, por que você nunca entenderia nada. Infelizmente, vai chegar o dia do novo vazio, para se acumular a todos os outros que persistem em minha alma... Mas tudo vai valer apena, só para ver aquele olhar de novo, só para sentir sua cabeça em meu ombro, só para ouvir aquelas palavras tão inocentes, saindo de sua boca... Sim, eu me condeno. Me condeno a todas as vidas incontextualizadas de objetivos. Me condeno à não continuidade do meu ser, só para poder ver de novo, e de novo, e de novo e de novo... e sempre de novo, aquele olhar. Só para ter aquele sentimento de volta por algum tempo... Só para sentir o coração bater daquele jeito que só bate nesta época...É uma obsessão consentida por uma doença terminal que te mata por toda a eternidade... Mas vale. Pra mim, vale cada segundo. Valem dez milhões de noites para ver e sentir de novo tudo aquilo. Não me pergunte por que é assim. Não me questione meus motivos por esse tipo de "amor" egoísta, platônico e sem futuro, não me pergunte por que eu me sentencio a este tipo de existência, por que nem eu consigo explicar. É apenas algo que me move. É apenas aquela forma de ter você do meu lado por pequenos instantes... São as poucas oportunidades que eu vou ter de acreditar que eu posso tentar fazer você me ver. Eu preciso acreditar nisso. E algo que eu sempre fico curioso...e se eu tivesse ido adiante? O que poderia ter acontecido? As vezes penso nisso... mas sempre que penso, me vem a sua imagem, o cheiro, a beleza tão incrivelmente sedada na retina, que eu tenho certeza de que nunca conheceria ninguém que conseguisse entrar de profundamente nos meus caminhos incertos e na minha tão complicada mente...Eu mentia... E vou mentir de novo, por que eu nunca vou conseguir te fazer entender o que acontece aqui dentro. E sendo assim, me condenei também a nunca saber o mistério que tinha por trás dos próximos anos que viriam.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Deep of psyche

Bom... se vim aqui, é por falta de alguém para conversar...é bom vir a esse blog. Pena que aqui não tenho sexo, mas é a única coisa que falta. Por que alguém (ou algo para me ouvir) eu tenho...
Fui em meu refúgio hoje. Antes disso, mais uma noite regada a Vodka, mulheres problematicas dando desculpas para não ficar comigo e aquela falsa sensação de felicidade que o alcool dá, te colocando mais forte (para aguentar a barra) do que você é...
Mas enfim, ao chegar lá, com a cana alta, com as nuvens cobrindo o céu e com aquela encruzilhada louca que sempre me parece dizer que eu devo seguir algum caminho, da uma sensação de liberdade... ainda que pequena e um tanto vazia, mas dá a sensação... Talvez seja pecar contra o dom da vida que Deus me deu, mas eu me sinto tão perdido que não encontro sentido algum para minha vida... Amo um ser inexistente, que talvez tenha sido real por um certo momento na minha vida, e fico procurando esse ser em todo mundo que conheço... Meus contos loucos que eu sempre escrevo, me sinto na vontade de ser um daqueles personagens que crio, que vem e vão nas linhas paralelas da vida, mas que SEMPRE tem uma escolha a fazer... Eu tenho também, mas não sinto que qualquer que seja, me traga felicidade. Ao conversar com a garota, eu percebi duas coisas: Eu perdi a insegurança de conversar com qualquer garota... qualquer garota mesmo. Entretanto, eu perdi aquele brilho que sempre tem antes de conhecer alguém novo... É apenas mais uma estranha que não vai fazer absolutamente nenhuma diferença na minha vida... Queria estar sofrendo por amor... por amor de alguém, queria estar afim de uma garotinha nova, queria acreditar que "desta vez vai ser diferente", queria sentir aquele frio na barriga denovo... Sinceramente, eu queria.
Queria poder fazer planos para a vida, imaginar como seria envelhecer ao lado de alguém... Queria que fosse despertado em mim apenas o meu melhor, por uma garota que fosse incrível, inteligente, independente, psicologicamente sadia e sobretudo MADURA. Mas a cada quilômetro rodado nesta cidade, a cada noite em baladas intermináveis, a cada dia que nasce ao som de qualquer música "louca", tenha a certeza cruel e fria de que tudo está em uma constante... invariável... nulo... vazio...
Nada faz diferença... nada. Não há nem o que sentir ciúmes... não há perfume que traga uma nostalgia... não há fotos na estante...
Só o vazio, que me leva, navegando neste mar infindo que é a vida, relevante apenas na pura e simples rotina de acordar, existir e dormir... Nem antes as "viagens" para dentro dos meus mais secretos desejos eu consigo fazer... Há apenas uma guerra, travada comigo mesmo, de um futuro perdido que jamais poderá ser recuperado, de amores que jamais serão vividos, de histórias que nunca serão lidas, nem lembradas e de palavras doces proferidas com o olhar firme nos olhos, que sequer terão inspiração de serem ditas...
E segue assim... Este é o mais íntimo do meu EU interior... Apenas existindo, sem fazer diferença, nem para os outros, nem (e sobretudo NEM) para mim mesmo.
Talvez seja uma postagem amarga, ou de arrependimento, ou talvez até que seja entendida como algo negativo...
Mas tamanha indiferença existe aqui dentro que isto não tem efeito positivo, tão pouco negativo. SE fala em corações partidos, que levam um tempo para "cicatrizarem"... E os que simplesmente morrem, silenciosamente, nos escuros das noites sem luas e nas alvoradas nubladas de janeiro?
Sigo assim, e apenas assim, sem a chama que um dia sempre brilhava nas minhas manhas, e sempre me fazia crer que algo estava por vir. O cais está tão vazio quanto as épocas de tempestade... Não há de ver o farol, não há de escutar as gaivotas e seus cantos, não há de existir embarcações partindo e nem chegando... Ele existe, mas está, assim como as coisas por aqui, apenas vazio.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Onde...

(Uma modelo sem nome diz)"Em 2003 meu corpo era de menina, tinha uma inocência. Hoje ele está mais sensual, estou bem mais mulher. Eu prefiro as fotos desta sessão pois mostram meu crescimento"

Notícia que eu li hoje no terra, sobe uma garota que vai posar (pela terceira vez) na playboy...
Tipo, não que eu não goste de ver gostosas peladas... Eu gosto, e muito. É ótimo ver aquelas curvas esculpidas em photoshop (que a propósito, sei fazer igual), sem celulites, sem estrias... e sem conteúdo também.
Sorte a nossa que existam mulheres que tem barriguinha, celulite, estrias, mas que apresentam algo mais a oferecer do que o próprio ego e a necessidade de se afirmarem como "auto-suficientes-que-não-precisam-de-homem-para-serem-bem-sucedidas-ou-felizes"
Sempre me senti um peixe fora d'água, mas as coisas estão tomando um rumo assustadoramente estranho...