domingo, 20 de dezembro de 2009
Por que acreditar????
domingo, 15 de novembro de 2009
Tempo...
28/11
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Pílulas, comprimidos e copos de tinta...
Mas isso é comigo. Falar sobre o que agora? Vida pessoal? Profissional? ah... sempre existe reclamação para as duas, então melhor ficar quieto... Levantar o discurso "enquanto a certa não aparece eu me divirto com as erradas" é balela... é um porre...
Hoje em dia as pessoas estão muito menos decididas com relação à vida afetiva... Embora eu sinta falta sim, como eu sempre digo, de alguém do meu lado, depois de tudo que aconteceu e do tanto gente pessoas boas e ruins que atravessaram meu caminho, eu acredito que estou melhor sozinho...
Quantas letras de música foram feitas nesse caminho... será que isso um dia toca na rádio? BOm, to é com sono... nem to falando coisa com coisa... só que fiquei tanto tempo longe do blog, e antigamente quando eu me sentava à frente do esquema aqui de postagens, tanta coisa passava pela cabeça... hoje eu venho aqui escrever e só vem as mesmas coisas à mente... Também ninguém lê isso aqui, e quem lê acaba falando comigo pessoalmente, então eu questiono a existência efetiva disso aqui... PArece existir uma busca... eu acho q espero um dia alguém me mandar um email e dizer: Cara, eu sei o que você ta querendo dizer... e quem ta procurando!!! Sou eu! Estou aqui...
Pronto, vida afetiva MODE ON...
Saco, vou dormir... tédio da rotina. Tudo igual sempre... Comida sem gosto, bebida sem alcool, vida sem graça... Algo bom para dar uma sacudida ae? Na espera... SEMPRE!
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
É...Embora as duas ultimas postagens pareçam terem sido feitas com tristeza, não havia tanto assim... Na verdade eu tenho mais é um lamento por não viver tudo que eu sempre quis viver do que tristeza de fato mesmo... Pq o tempo passa, e todo mundo (inclusive eu agora) se preocupa cada vez menos em ter alguém do lado... Uns por desilusão, outros por desprendimento mesmo... Ainda mais agora, chegando de viagem e me preparando para mais um dia no "paraíso" chamado Rotal, passando algumas horas na estrada, aquela que eu tanto amo, imaginei se existisse uma garota ao meu lado, vigiando meus horários, impondo regras... Fins de semana juntos, fazendo os programas dela (por me conhecer bem, sei que eu SEMPRE cederia), coisas legais, coisas chatas... Lembro da época do Jardim Europa... Meu apartamento, meu lar, minha privacidade... Foi tão cruel os primeiros meses, e depois tão libertador... Talvez se não houvesse o sonho de londres, estaria lá até hoje... COm meu velho escort, minha moto (talvez), mas estaria lá... Estático, sem me mover, mas aprendendo... Talvez o ano e meio q estive morando lá tenha me valido muito... Me ajudou a saber quem sou eu... Sim, bate a melancolia... falta as vezes de alguém, quando em uma roda de amigos ou de bar, só há casais, e você ali, sozinho... Claro que falta... Mas fico imaginando aquela vidinha que sempre foi... chegar na casa da garota, almoçar, deitar no sofá... ver tv no domingo... Não sei, talvez o parâmetro que tenho disso não seja válido, por que quando a companhia é boa, foda-se o que passa na TV... só de estar jundo é o céu... SIM!!! É esse o céu que eu quero... é esse o céu que eu não conheço... que só existe aqui na cabecinha dura do cara que vai ser sempre o mesmo que foi. Agora, há uma amiguinha ae que precisa ser salva... sofre de amor... há um ano ou mais, chora pelo mesmo cara.... SIM, eu sei que é barra... e ninguém se cura sozinho... Mas ela um dia vai sarar e seguir em frente... MAs então, e a minha dor? E o meu céu? Quem vai um dia me levar de encontro a ele? QUem vai me entender e me aceitar? O cara que quer fazer tudo ao mesmo tempo, e acaba não fazendo quase nada?PLANEJAMENTO, diz o globo reporter da noite de sexta... Sim, é possível ter 10 imóveis com salário de metalúrgico. Claro, o jovem senhor teve ajuda da esposa... Que merda. Me fala um cara que venceu e se estruturou sem ter um apoio feminino do lado? Onde está a minha grande mulher, que vai aplaudir as minhas vitórias, e me fazer orgulhar de seus grandes feitos? Onde está aquela pessoa sensata e madura que sabe se impor sem invadir? Que aceita defeitos tanto quanto admira qualidades? Que não vai querer me mudar, e nem deixar que eu a mude?Relacionamento na teoria é simples. A prática é quem fode tudo... Mas mesmo hoje, sabendo um pouco de quem eu realmente sou, faz falta ter alguém aqui do lado pra conversar igual idiota, fazer brincadeirinhas toscas e falar bobeirinhas bonitinhas e melosas ao pé do ouvido... Ahhhh, como faz falta...Mas a letra dita: Melhor sofrer sozinho do que ao lado de quem não te ama...E assim vou seguindo... Vivendo tudo que existe para ser vivido e esperando sempre mais de tudo. Sempre mais.=)Não bem feliz (mas longe de estar infeliz), apenas satisfeito.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Lamento...
Nem tenho o que dizer... nunca me senti tão sozinho no meio de tanta gente... Nem o "bom emprego" que me dá uma boa grana, nem o carro que me satisfaz... parece que as coisas estão sem sentido... frias... vagas...
E não há ninguém para me escutar... não alguém que vá entender...
Então, segue o vazio, que ha tanto tempo habita no meu cansado coração...
Sem muito...
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Apenas mais uma de amor...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
As coisas que impedem a felicidade...
terça-feira, 13 de outubro de 2009
2 lados
"Cheguei cedo da escola... subi as escadas, e lá estava ela, com os óculos, inconfundível... Nem soube o que se passou na aula de álgebra... só queria encontrá-la no intervalo, para aquele 'olá' diário que me fazia perder o fôlego... E ao chegar em nosso alojamento, naquela bagunça costumeira que sempre era, quando ela segurou minha mão e me puxou para o quarto, ja nem sabia mais explicar... E não aconteceu nada... só conversas... Adorava conversar com aquela garota... Achava graça do quanto ela era implicada com as espinhas... adolescente é assim mesmo... E o aparelho??? Horrível, prateado, mas que nela ficava encantador... Fiquei a tarde inteira, ouvindo seus papos, suas dúvidas... era tão forte e tão indecisa ao mesmo tempo... tinha tanto potencial que dava medo... Então, ao me despedir, naquele dia tão mágico, eu soube que eu a amaria para o resto da minha singela vida... Sim, como eu sabia..."
Trecho do capítulo 12
"Cheguei de mais uma noite da balada... ja não aguento mais... são tantas a mocinhas saltitantes pedindo música ao trouxa do Dj aqui que ja nem quero mais tocar... perdi o tesão de tocar, eu acho... A única coisa que me move, é ir para meu local tão secreto, de onde vim, para esperar o sol chegar, escutar minhas músicas e esperar por aquela mocinha que habita minha mente, que só existe aqui dentro de mim... Sinto falta de algo... bate uma nostalgia derrepente que nem sei explicar... Algo me guia a encontrar aquela garota que parece não existir... Sempre tive um sentimento de busca forte em mim que eu nunca soube explicar de fato... ele apenas existe... me faz querer chegar até alguém que nunca existiu... Ou talvez existiu em minha cabeça... não sei bem se lembro...Não sei quem eu preciso encontrar, só sei que preciso encontrar..."
Capítulo 1:
"Preciso voltar à minha época... estou preso a um lugar que não é meu... Preciso saber se é um sonho (ou pesadelo) ou se eu realmente vivi tudo aquilo que imagino ter vivido... EU preciso voltar..."
Ta aí pequenos trechos de um livro que pretendo publicar um dia... quem sabe não?
sábado, 10 de outubro de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
Apelo... Clemência....
Onde fica a terra em que você se confia a alguém que também confia em você? Onde está aquele lugar onde só se abraça quem realmente ama? Onde repousa a terra em que as pessoas são boas umas com as outras, onde a brisa é apenas brisa, e não tornado? Onde está o lugar em que o amor é dito com sinceridade no coração, e não apenas com a banalização da revanche de ser feliz a qualquer custo, a qualquer preço?
Sim, estou triste... Estou tão magoado com o destino, que colocou pessoas tão ingratas na minha vida, sendo que eu, na minha simplicidade, e sim, confesso, na minha insistencia em ser um cara chucro, mas sensível, queria apenas alguém para estar do meu lado. E então, conformei com a idéia de que eu não estou aqui para ter alguém do meu lado. Então traço outros planos na vida, começo finalmente a arrumar minhas malas e despontar na estrada, mas novamente ele, o destino, me trava as pernas e diz: "Seu lugar é aqui."
Mas como pode ser aqui? Como que essa infelicidade que me acomete todos os dias, pode ser parte de minha vida? Por qual motivo estou sendo tão severamente punido? Por que não sair fora? Mesmo que seja para me dar mal... mesmo que seja para ser assaltado, ou roubado, ou preso, ou sequestrado... (isso pensando na pior das hipóteses)... Por que me travar? Por que me segurar aqui? Por que conviver com a idéia de que, daqui 30 anos (sim, porque agora já não são mais 50 anos, nem 40....) eu vou pensar que eu não fui forte o suficiente para sair e tentar... Eu vou ter sempre o arrependimento por nunca ter ido... E o que é pior, a certeza de que eu teria me dado bem. A certeza tão certa e tão severa de que teria sim dado certo... Mas cada passo, cada minúsculo passo que dou em direção à sair daqui, eu sou puxado com uma força que me destronca os ossos... Não fisicamente, mas minha alma sente a dor tão semelhante como tal. E cada noite que eu saio, cada rosto que vejo, me dá a certeza de que estou rodando em círculos... E os amigos dizem: "Meo, na boa... VAI. Sai. Você precisa disso"... Até eles dizem... mas nunca da certo, mesmo que eu pense com veemência, mesmo que eu peça demissão visando isso, mesmo que eu programe e faça todos os contatos, sempre mela... é a crise mundial, é o carro que vai preso, é a mãe que tem doença... Mas eu SEMPRE estou preso aqui. E eu grito com tanta força aqui dentro, com tanta raiva e amor junto, como quem perde aquilo que mais deseja na vida, mas nunca adianta... O destino insiste em brincar comigo... E vem, claro, os conselhos dos mais velhos: "Não é para ser assim", "Se não foi, é porque teria sido ruim (ou porque aconteceria algo comigo, ou com minhas coisas)"
Meo... que droga. Por que???? Me explica por que???? Me fala como que um cara de 27 anos não tem nenhuma projeção de vida? Eu que sei fazer tanta coisa, que ja tentei por tantos caminhos... Eu tentei música, que tentei ter a profissão da minha mãe, que trabalhei em empresa grande, em empresa falida, em multinacional, e agora em uma editora de revista a nível nacional... Por que me sinto tão inferior? Tão desvalorizado? Por que a empresa não reconhece o potencial que eu tenho certeza que tenho? Por que as garotas com quem saio não vêem que sou um cara simples, que só quer amar e ser amado? Por que as viagens e os planos nunca saem como planejado?
Aí você me diz: Leia "O segredo", ou então, "segredos da mente milionária", ou qualquer outra merda de auto-ajuda... que sempre tem o mesmo denominador comum: PENSAMENTO POSITIVO.
Lembram a história do Joseph Climber? De Os Melhores do Mundo? Pois bem... Me EXPLICA PELO AMOR DE DEUS, como que um cara igual àquele pode pensar positivo? Mas sim, ele é um "exemplo de perseverança", "não se abate por qualquer coisa"... Então, concluo que ele pensa positivo. Ele sempre está se saindo de uma adversidade... "mas a vida... essa sim é uma (puta) caixinha de supresas..."
Claro que eu não fiquei paralisado do lado direito do corpo... SEi que a vida é difícil para todo mundo, e tem gente pior que eu ... sempre. É assim que tem que se pensar... AGradeço sempre por eu ter saúde...
Mas o fato é que estou cansado... Cansado de SEMPRE TER QUE SER FORTE O BASTANTE, to cansado de ouvir que "Deus está testando minha fé" (ou minha força)...
Meo, CHEGA DE PROBLEMAS... EU QUERO É A SOLUÇÃO AGORA CARALHO!!!!!
Não vou nem dizer que é por merecimento, pois, apesar de eu sempre fazer uma boa ação, eu não sou santo, e tenho sempre meus momentos de demônio.
Mas o que não pode mais é essa angústia, é essa ansiedade de esperar que as coisas aconteçam de uma forma e sempre ir para outro lugar...
Quero ser o cara forte e bem resolvido que eu sei que sou... Mas para isso, eu preciso tirar as amarras que o destino está me colocando a cada maldito dia. E é isso que eu não estou conseguindo fazer... é este o norte que preciso seguir, e é com certeza isso, que nunca vem bater à minha porta.
Vivi sim um amor incrível há uns dois anos... mas aconteceu só para mim, e eu não posso culpar ninguém por isso... nem a minha amada, que ainda hoje, habita meu trincado e desiludido coração... Mas eu imagino contando para os meus sobrinhos netos (porque a essa altura, o sonho de ser pai e ter uma família me parece tão próximo quanto a possibilidade de os cientistas inventarem uma internet sem fio que funcione em Júpiter) contando sobre minha vida: Não poderei dizer que amei tanto quanto fui amado um dia... não vou poder contar as realizações profissionais que fiz, por que sempre tem alguém levando o mérito pelo que eu faço, e eu sou tão fraco nesse ponto que não sei me impor... Não vou poder dizer que desbravei o mundo, porque nunca consegui colocar os pés para fora da cidade sozinho, por mim mesmo, por que eu me devia isso... E ao invés de admirarem o cara forte que eu sei que sou, vão ter pena de um velhote amargurado e que se faz de vítima, que fatalmente vou me tornar, se as amarras não forem soltas pelo destino...
Me deixe viver... me deixe cair, se for o caso... Me deixe ficar preso em uma terra em guerra... Me deixe correr o risco de ficar mais infeliz... Porque de TODOS OS RISCOS que eu sei que terei, existe um especialmente que eu quero correr, que é o RISCO DE SER FELIZ.
Mesmo diante de tudo de ruim que fiz a mim mesmo e aos outros, eu mereço essa chance... mesmo que eu nunca volte para casa... mesmo que eu sofra horrores que eu nunca imaginei em sofrer... me deixe correr esse risco. Me deixe correr o risco de tentar encontrar o que eu tanto procuro, que é a paz de meu espírito e de minha alma... Me deixe encontrar pessoas com culturas e sotaques diferentes, com vidas e caminhos avessos aos meus... Me deixe ver paisagens e caminhos que eu nunca veria onde eu estou... Me deixa sair da minha toca, por que eu não quero arrebentar essas amarras na força... Por que desse momento, dessa vida que tenho, não quero levar nem as cicatrizes que sei que virão um dia...
Me liberte destino. Eu não sou daqui. SEmpre vi a estrada convidando, atrativa... Não me proteja, por que talvez, me machucando fora, eu possa construir um exemplo de vida que aqui, neste exato lugar, eu nunca teria condições de fazer.
Me liberte de ficar acorrentado a um lugar que só é ruim na minha cabeça e no meu coração... Me liberte agora, para que no futuro, eu possa voltar e ver esse povo com os mesmos olhos que eu vi um dia... Não deixe que eu culpe este tempo pela minha derrota. Não quero atribuir uma culpa indevida. Deixe que eu volte com outra vivência, com outro costume... E sobretudo, não me sacaneie, destino, como vc tem feito tanto... Se for para eu cair, que eu caia pelo meu passo, e não pela sua rasteira. Se for para eu ser feliz, não faça chover no dia de ir ao mar... Não atravesse o tamanduá na hora em que meu carro passar... Não coloque o policial inescrupuloso no turno do meu horário...
ABra os caminhos agora, neste momento. Abra aqueles caminhos que você insistiu em fechar, e feche os que você insistiu em abrir. E deixe as pessoas que tanto me fizeram mal por lá. Elas são felizes onde estão, não é mesmo? Para que tirá-las de lá, onde se dão tão bem?
Não ache que eu estou sendo ingrato com sua "proteção"... Mas talvez, você, destino, deva encarar que seu tempo de colocar as coisas e pessoas no meu caminho ja se foi ha um tempo... SE for proteção, pare de me proteger... por que não é assim que eu vou ser feliz... e não me dê também motivos para eu sentir falta de sua "proteção", porque se for para eu sofrer, que seja apenas por minha culpa, e não por seu acaso ou capricho... Me deixe ser dono do meu próprio caminho. E sim, pode me acompanhar... mas fique nas paginas que ja foram escritas, não nas que ainda pretendo escrever. Me liberte. Você me deve isso, destino, depois de colocar tanta coisa na minha frente. Devo confessar que você me tornou um cara mais forte. Mas com isso, me tornou também um cara mais frio, mais vazio... E preciso percorrer meu caminho agora, antes que o pouco de sensibilidade que me restou se perca aqui dentro... Não sei se vou cometer os mesmos erros que cometi... não mesmo. Não sei se vou me apaixonar denovo pela garota que não tá nem aí pra mim... não sei se vou confiar em cliente desonesto, que só suga... Juro que não sei. Não sei se a experiência vai me prevenir da vida la fora... mas eu TENHO que tentar... Não me segure mais. Esse ja não é mais meu tempo. Deixe eu gritar para todo mundo que eu existo, por que eu tenho NECESSIDADE de ser ouvido e notado.
Me liberte... Deixa Deus me guiar com sua sabedoria... Eu levo os seus ensinamentos de 27 anos... Mas eu preciso agora construir a vida do cara que eu me tornei hoje.
Me liberte as amarras... não deixe que sangre as mãos... Me deixa ir agora, pois sei que indo neste momento, um dia ainda posso voltar...
quinta-feira, 23 de julho de 2009
COC Uberaba - 1996 / 1997
Hoje sou um profissional da área de marketing rural, tenho 26 anos, tenho alguns poucos problemas psicológicos, mas nada que beire a depressão ou que necessite de remédios controlados... Mas sim, muito dos bloqueios que eu tenho hoje eu devo a tantos professores e alunos que estudaram naquela época.
Os alunos, em todo caso, eu nem culpo, pois não passavam de crianças tolas e mimadas (e que hoje sei que pouco mudou daquele tempo), mas a omissão dos professores e da direção daquela época me faz ter a certeza de que a culpa não era nem nunca foi minha, como tanto tempo eu acreditei ser...
Pra começar, quando eu tinha 13 para 14 anos, eu era vítima de booling. Pra quem não sabe o que é isso, a oalavra em inglês, que não tem tradução para o português tem por definição o ato de zombar em demasia de outros, de praticar chacota com os alunos, colegas de aula e até colegas de trabalho. Pois é, isto começou nos colégios, mas esta se alastrando na sociedade.Exemplo? chamar o colega de “quatro olho”,” pimentinha” ou” pouco telha”. Algumas vezes tudo bem , mas tudo tem um limite. Existe um projeto na Camara de Vereadores de Porto Alegre que querem punir os alunos das escolas Públicas que persistirem em humilhar seus colegas. A punição seria suspensão da sala de aula e posteriormente expulsão da escola. Não sei se alguém se lembra da época, mas passava uma novela, "A Próxima Vítima", e eu (que não sou e nunca fui nem tenho tendencias homossexuais) comecei a ser chamado de Sandrinho, personagem de André Gonçalves que era homossexual na novela. Nada demais, pra quem lê isso, afinal, tanta gente é chamada por apelidos e gracinhas. Mas isso persistiu por dois anos no Colégio Osvaldo Cruz de Uberaba-MG, sendo que isso me fez ganhar agressões, humilhações, tanto por parte dos colegas (não todos, apenas um grupo de 5 garotos) e de dois ou três professores. SIM, professores também. Tentei levar isso ao conhecimento da direção da escola, através das professoras Sônia e Iara (que talvez na época não sabiam a proporção e o estrago que isso estava causando na minha vida) mas não adiantou muito, visto que minhas notas eram ruins (eu nunca fui em exemplo de bom aluno com relação a notas) e que eu sempre tava correndo de alguma agressão verbal ou não na sala delas. Mas enfim, dois anos... do começo de 1995 ao fim de 1996. Em 96 até fui reprovado na sétima série em virtude desses acontecimentos, mas ao que parece a instituição nunca ligou para isso. Ainda tinha a péssima professora de português, Marina, que não tinha nem nunca teve paciência para dar aula para ensino fundamental, nunca soube explicar a matéria, sempre usava um tom de voz chato, massante e efusivo, e dessa época, nada entrou na minha cabeça da gramática. Ao que parece ela é assim ainda hoje em dia, pois não faz muito tempo que esbarrei com ela em um elevador, e disse: "Professora, quanto tempo", e com o olhar de desdém que tive, senti que ela olhava para um mendigo, um judeu de época antiga ou um negro de fazenda de coronel... Paciência... Hoje, com meus 26 anos, uma carreira sendo estruturada, vejo que a definição de mestre nada coube nos docentes daquela época (com exceção é claro dos professores Jorge, Dilberto, Cristina, Sérgio França, Josué e Eduardo, que embora fossem enérgicos e sérios, sempre souberam nos colocar no lugar de alunos sem falta de educação ou com qualquer tipo de grosseria a qual (vou falar por mim, e não pelos outros alunos da época) era submetido (sim... Sobrou apenas a Marina, a Adriana, a de história da sétima série - que não é a Cristina - que não lembro o nome e um idiota lá de literatura que graças a Deus eu também nem lembro o nome). Acho que faltou que eu levasse meus pais naquela época lá, mas se eu fizesse isso, seria assinar minha sentença de "maricas" ou algo do tipo perante aos idiotas que me humilhavam com prazer todo santo dia daqueles malditos dois anos.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Saber por que...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
O que fica, fica....
Vi que tem muita gente que vai perdendo aos poucos a sensibilidade, outros vão encontrando novas inspirações... tem coisa que nunca muda, e tem coisa que muda demais.
ACho que se fosse pensar como a vida é inconstante, todo mundo perderia alguns segundos só para observar o quanto as mudanças são grandes... E o quanto você tem que chegar perto delas para perceber o tamanho de cada coisinha que toma uma forma diferente...
Analisando meu atual estado de espírito, percebo que estou passando por cima de muita coisa que certamente eu não passaria há um tempo atrás.
E esse tipo de mudança é a qual estou dizendo...
Se antes eu estava encarcerado na prisão dos meus sentimentos esquisitos e reprimidos, incostantes e bipolares, hoje percebo que saí da prisão. Mas como um ex prisioneiro, me encontro perdido diante de um mundo que mudou tanto que eu nem percebi entquanto estava enclausurado dentro das minhas próprias chamas.
Hoje talvez eu esteja procurando um sentido para tudo. Um emprego novo, um lugar para morar... recomeçar uma nova vida. Mas se na vida real um ex presidiário encontra resistência das pessoas para recomeçar, eu encontro resistência em mim mesmo para acreditar no "novo emprego".
As mudanças que aqui encontro hoje, quando olho para meu interior sempre estão fervilhando. E nunca estão do mesmo jeito que estavam ha um segundo atrás. Esse talvez seja o mais difícil dos dilemas que me encontro, e chego a pensar se eu realmente consegui me livrar do meu carcere privado ou se apenas estou imaginando estar livre.
Não, não é um culto ao passado. Não é uma saudade... É sim um lamento por sentimentos tão intensos terem sido levados pelo desconhecido. Por que sim, ainda hoje, me pergunto o que realmente aconteceu com aquela sensação tão incrível que eu tinha quando me recolhia no meu refúgio, longe de tudo, onde somente seres que existiam na minha cabeça passavam por ali... Hoje tudo mudou. Onde era campo, há uma plantação.
Onde tinha mato, tem terra, e onde tinha terra, tem mato. É exatamente o mesmo lugar que o sol brilha primeiro na cidade. Nada mudou, ao mesmo tempo em que mudaram quase todas as formas do lugar. Não há qualquer relação histórica daquele lugar específico comigo, mas ali eu realmente vejo que consigo entrar dentro de mim. Por que é um lugar igual, que está diferente, embora sempre, durante todo o tempo, esteve como está: VAzio...
Ali não falta nada do que tinha antes. Mas antes, mesmo vazio, era um lugar mágico, de nostalgia desconhecida e de passado inexistente. Agora, até um passado existe ali.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Espaços...vãos...
Existe uma poesia que exala da alma quando se vive momentos marcantes... existe poesia até mesmo quando se está angustiado, ou quando nos sentimos em becos sem saídas. Chega um momento que agente acha que tudo está perdido, e que tudo foi em vão. E então, pelos "vãos" que se formam na alma, conseguimos enxergar certas 'possibilidades' que talvez na 'cura' nunca poderíamos ver...
Certas palavras, certas emoções só se pode sentir em alguns momentos de dor... E é talvez por essas emoções serem anestesiantes é que devemos sentí-las nesses momentos...
Na dor, sempre brota uma pequena semente de esperança (ainda que não se consiga acreditar neste momento que com certeza dias melhores virão), lá no fundo mesmo, e cultivando ela que esquecemos das coisas ruins que passaram...
Você aprende a ver novos sorrisos, gostar de novas pessoas, procurar aquelas com quem você perdeu o contato, procura amigos, conhece gente nova... enfim, amadurece.
Tem cicatrizes que nunca somem... tem feridas que nunca se fecham. Tem momentos que nunca voltam, tem pessoas que nunca mudam.
Existem oceanos que talvez um dia serão explorados... que são aqueles que nos separam de nossos medos. Vencer medos é com certeza a coisa mais difícil para um ser humano, entretanto pode trazer consequências muito positivas.
Saber travar lutas consigo mesmo traz vários benefícios, quando a luta é para ser uma pessoa melhor.
Existem pessoas que não conseguem lutar contra elas mesmas, e logo jogam a toalha. Curar um amor mal resolvido, por exemplo é uma delas. Isso só traz infelicidade à própria pessoa quem o cultiva.
É necessário passar por cima de certos acontecimentos na vida. É preciso olhar para frente (e talvez quem sabe até para o lado), mas nunca olhar para tras. Não neste caso...
É necessário olhar pelos vãos que se formam na alma...
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Sons...
Quando se está num hospital, o som é de um silêncio constrangedor. Cliques e luzes se acendendo e se apagando o tempo todo. O desconforto que se sente na cama dura e a noite que nunca passa, te coloca frente a frente a um "eu" mais forte do que si mesmo em um dia normal, e aquele silêncio... Intocável...
O som da noite indo embora, das coisas desacelerando, o dia que acabou, aos poucos aquele zumbido esquisito de um monte de gente aglomerado em um espaço de terra, denominado cidade, vai se arquitetando, se inibindo, até o barulho do ventilador e da tv ficarem tão altos quando o som de sua respiração vibrando dentro de você...
O som da manhã, com os pássaros acordando, e o ermo escuro que você está começa a ser tomado por sensações e lembranças que nunca ocorreriam em sua mente num tempo corrido... O som do vento nas plantas, o som de seu pulmão se enchendo de ar pela manhã...
Os sons... Sim, os sons... Aqueles que choram no silencio por que nunca foram ouvidos... os que gritam no vácuo, impotentes, nulos, invisíveis... Os sons carentes da vibração que os conduzem para dentro de um caminho onde eles apareçam, sejam notados, ouvidos... Esses são os sons excluídos, que vagam na imensidão de um universo que não foi feito para eles... São sons que existem, mas que não fazem sentido. Não fazem sentido pois estão abaixo das linhas em que alguém se importe tanto para que eles sejam apreciados...
Os sons solitários que tanto clamam por quem os ouçam...
segunda-feira, 30 de março de 2009
Eu, NO ALTO - Crys Ribeiro
Esse relicário que você guarda suas peças preciosas e memórias que não podem ser apagadas...
Eu era apenas uma criança tentando entrar no meu castelo de areia. Senti a força de seus pés pisando na torre mais alta... Eu ia ficar lá dormindo, bela adormecida, esperando que o ogro viesse no lugar do príncipe.
Então pus fogo no meu relicário. Apaguei as memórias com as cinzas ao vento.
Quebrei as pernas da minha bailarina de cristal, porque ela já não girava suas curvas como antes.
Destrui os sonhos... Rasguei os planos...
Mas qm é que vive sem sonhar??? E todas as vezes que eu deito naquele travesseiro de plumas eu sinto minha cabeça afundar e consigo ver um futuro diferente daquele que eu planejava quando tinha 15 anos.
Agora estou parada debaixo de uma copa de árvore. Tão verde que cega os olhos.
E a chuva cai sobre nós duas tão forte que dói.
E eu dou gargalhadas estridentes ao invés de chorar, como se fosse uma louca recém saída do manicômio. Porque não ia adiantar de nada mesmo eu dizer que estou triste, se ao meu lado só tem aquela árvore.
Dou as mãos para ela, e me estaciono...
Dá pra ver a estrada lá embaixo, depois das montanhas... E as buzinas da pressa do homem.
E eu continuo rindo.
“ Estou no alto agora, vocês não podem me alcançar...”
Crys Ribeiro