sábado, 22 de novembro de 2008

(...)
Tão sem palavras...
AS vezes me questiono o que eu vim fazer aqui... podia ter ficado lá, quetinho no meu canto...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

"Ninguém pode voltar e criar um novo início, mas todo mundo pode começar hoje e criar um novo final"

Falam se muito de voltar no tempo, de ter uma nova chance... acredito eu que se as pessoas soubessem como é possível fazer isso, e se todas fizessem, o universo seria uma bagunça imensa, cheio de buracos negros inexplicáveis...
Mas enfim, ninguém pode volter e criar um novo início... por que tudo que foi vivido, foi traçado, foi percorrido em uma trajetória escolhida por livre arbítrio, e então não se pode mudar nada...
Vive-se um deja vú interminável onde você sabe o que vai acontecer e não consegue mudar os fatos, por mais que você tente... e quando muda, o resultado desastrozamente é sempre o mesmo. Nunca muda, uma vez que você escolheu o que queria para sua vida.
Escolhas... É exatamente este o ponto. É essa a grande chave do "final feliz"... não se muda o destino escolhido por você. E você não muda o seu futuro de acordo com as suas escolhas, mas você define ele apartir delas. Nada está escrito, mas tudo está predestinado. Tudo tem um porquê, mas sua trajetória não está definida. É através do que você define na sua vida que te torna o que você é, e se um dia você descobrir como faz para voltar, vai perceber que não pode mudar exatamente nada na sua vida. Por que aí sim, seu destino foi traçado por você mesmo.
Não desejem voltar ao passado... não queiram consertar o que ja estragou... Não queiram segurar o leite antes de cair no chão, por que ele ja está predestinado a cair, e pode levar você a tombar junto com ele...
O risco de se cair em um abismo dentro de si mesmo é muito grande. Você perde a vontade de ter novas experiências, de viver novas emoções... e nada pode resgatá-lo de lá. Uma vez que você abdica de seu futuro para tentar salvar os erros do passado, você se condena a finalizar o caminho do seu destino no ponto em que parou, e nunca encontrará o caminho de volta...

"Ninguém pode voltar e criar um novo início, mas todo mundo pode começar hoje e criar um novo final"
Não queira ter o conhecimento para voltar...

sábado, 15 de novembro de 2008

No title

Quando as portas do desespero se abriram diante de mim, naquele dia que chovia muito, eu tinha um dúvida... Como seria aqui? Quem encontraria, o que encontraria e o que seria diferente de lá, do lugar de onde vim..
Eu tinha idéia de um paraíso, de um lugar empolgante, cheio de sentimentos intensos... Mas vi que trouxe muito do que eu era do lado de lá...
As mesmas angústias vividas naquele tempo acontecem aqui... Eu achei encontrando e resgatando minha pequena de espinhas e óculos neste tempo, eu teria plenitude na felicidade, mas muito do que fiz foi em vão, desde o primeiro dia que coloquei os pés nesta linha de tempo... Eu sabia os riscos, sabia o que podia acontecer e sabia mais ainda que as tudo poderia ser exatamente do mesmo jeito que era antes... ou depois... não sei. Ja perdi a noção completa do tempo aqui... Não sei mais a idade que eu tenho, mas eu era um menino, um garoto em puberdade. E é exatamente este meu dilema hoje: Será que eu voltaria exatamente no ponto em que parei? O risco é grande de que seja assim, e tenho medo de esquecer as coisas vividas por aqui e o amadurecimento amargo que tive que passar, se repetir...
Mas o ensinamento é de que não adianta você fugir dos seus problemas, se eles estão dentro de você. Não consigo sentir que este aqui é o meu lugar... sempre digo isso, e sei que sou cansativo neste ponto, mas não há nada que mude esta idéia minha... gostaria muito de elevar minha consciência a um ponto diferente do que é agora, onde tudo é possível, onde dor não exista, onde a ansiedade não alcance e onde os sonhos não terminam... onde o mágico permanece mágico, onde a ilusão é verdadeira, onde os sentimentos dominantes são os verdadeiros...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Vagancy

Vejo além...
Vejo além de apertos firmes de mão, de olhares inseguros diante de desconhecidos, de propostas de mudanças... Vejo além do que o mar pode trazer em suas ondas, ou o que uma tempestade deixa...
Observo que, tudo perde o sentido em um determinado ponto da vida... o que era importante, já não é mais. Aquilo de pegar teu brinquedo e ir para o clube no domingo já era... Foi arrancado de você, assim como sua infância que se foi sem seu consentimento.
Do modo mais pessimista de se ver a vida, ela é feita de perdas...primeiro te arrancam de um útero quente e macio, depois te arrancam a inocência. Enfim, te tiram a infância, e depois a adolescência... aquela época em que tudo é novo. Lhe é arrancado aquele sentimento intenso (aliás, tudo é intenso nessa época) de estar sempre 100% além da sua capacidade. Você perde a capacidade de se curar, se recuperar e de estar "pronto para outra" novamente. Você não pede pelo fim disso. Ele simplesmente vem. A vida é feita de perdas, talvez essas irreparáveis. VOcê espera em um pequeno estábulo, na praia, por alguma notícia, alguma embarcação, algo que te tire daquilo ali, mas nunca vem... o horizonte nunca foi tão vazio... Você olha as ondas e nada tem ali... Se você passa sua existência na beira desse porto, esperando e esperando, você perde sua vida e as oportunidades de novas "perdas"... Esse risco que nos ronda as 24 horas do dia.
Do modo mais otimista, é uma dádiva, onde cada minuto vivido serve para te preparar para o desconhecido que é o próximo segundo no relógio... É a oportunidade de sentir coisas únicas, viver momentos indescritivelmente singulares. É você acordar um pouco antes da hora, sem sono, e ver coisas que não tinha percebido... É se encantar com uma música nova na tv ou de se apaixonar por uma desconhecida numa foto...
É você andar por um bosque, cheio de curvas e pequenos vales, onde cada passo é uma descoberta, é um modo novo de ver a mesma coisa... É você sempre estar predisposto a sorrir com uma coisa tão tola de forma que nunca sorriu tanto com uma boa anedota.
Sempra há dois modos de ve algo... Depende de quem entrou e de quem saiu da sua vida, e se cada momento foi vivido como deveria... e mais ainda, se eles valeram apena...Depende de como você reagiu às suas perdas, e de como você encara suas bençãos...
Quanto mais se expõe às pessoas, maiores são os riscos do envolvimento...

domingo, 9 de novembro de 2008

O doce gosto do beijo... (PARTE 1)

"Chuva forte. São três horas da tarde de um dia de semana. Estamos correndo para não molhar, e entre os engarrafamentos, você segura minha mão. Paramos frente ao velho cinema. Você me olha, me abraça e levemente toco seus lábios.
Um rápido beijo, e corremos denovo, rumo ao mercado da cidade... Você entra no carro e mais uma vez me faz acordar pensando no sonho..."

"É dia de aula, e o alojamento está cheio de alunos. você de mãos dadas, me conduz ao quarto, mas há tantas portas. VOcê entra em uma delas com seu óculos e roupas amarelas, espinhas pelo rosto e some...
Procuro você entre tantas pessoas, tantos rostos conhecidos que hoje já não sei mais quem é... Te encontro com outras pessoas. Nos beijamos, e você some denovo... Ao acordar, é outra segunda feira. Outro dia com você só nos meus sonhos..."

sábado, 8 de novembro de 2008

O bolso está vazio

Outra noite... festa de pagode, coxas balançantes, caras bêbados e meninas mais ainda... Não sei por que ainda continuo tocando...
Bom, mas não vou mais comentar sobre isso. O anti-social sempre fui eu, e sempre vai ser. Talvez sejam por isso os problemas de saúde: A visão, a LER na mão esquerda, as dores de cabeça e a perda de memória...
Estou me escondendo no meu trabalho, e não sei até quando eu vou aguentar assim... Prometi a mim mesmo que não escreveria mais sobre minha desilusão ampla e desmedida sobre a vida, mas eu tenho mais tesão em nada... Tenha a impressão de estar à deriva, sem remos, sem gasolina no motor, com as velas rasgadas..
Não há mais sentido... Como isso pode acontecer? Não há uma causa... as coisas perderam o gosto... E se fosse tão fácil, como uma depressão, seria obvio o tratamento... mas não é depressão... Eu estou sem rumo. Fico triste com isso, mas vou levando, e não há nada que mude isso...
Eu preciso de algo que faça sentido... algo que me realize... Não está sendo minha profissão... não foi a viagem... não há nada...
Estou sob constante stress e não há valvulas de escape... as coisas simplesmente não fazem mais sentido... não há um porquê... não há uma razão para continuar seguindo... entretando, não há como parar, não há como "descer" do bonde...
Estou perdido... completamente perdido... e parece que quanto mais eu grite alto, menos os outros me enxergam... não sei o que há, não sei como resolver...
Estou completamente perdido. O Bolso está vazio...