quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Outro... O que deu errado?

Viagem para Uberaba... Só certezas de que a melhor coisa que eu fiz na vida foi ter saído de lá. Então, me vejo pro espelho e enxergo um cara de 30 anos, completamente desiludido e sem tesão na vida. Por quê disso? Sim, isso pode soar depressivo, mas não é. Nem essa desculpa trágica de estar enfermo ou diante de uma situação que foge a meu controle eu posso dar. É pura e simples inabilidade de me mover adiante pelo único motivo da descrença. Ao ver meu amigo e irmão Gui com sua filha amada e seu casamento completamente superficial e vazio, eu ainda o invejo. Não pela vida conjugal, porque convenhamos, eu devo fazer mais sexo com a minha própria mão do que ele com a esposa (desculpe pela frase chula, porém verdadeira), mas sim por aquela pessoinha que ele deve amar mais do que qualquer outra coisa na vida. E eu fico pensando se, em algum momento da minha vida eu tivesse tido um filho (ou uma filha, que eu sempre fui maluco para ter) eu me sentiria completo, motivado e feliz...
Sinto uma falta maluca na vida e o que me frustra mais ainda é ter a certeza de que não faço a mínima ideia do que seja. Seria um filho? Seria um relacionamento? Seria sonhos que se perderam pelo caminho? Seria carreira? 
Se aquele lance em 1996 for verdade, de que eu fui um monge ou ermitão em uma vida anterior, talvez eu esteja apenas recorrendo às origens desse passado mitológico da minha vida.
Não sei bem ao certo o que é, e qual é o problema. Às vezes eu olho para a foto daquele eu tanto amei verdadeiramente e unicamente na minha vida e me pergunto o que foi que deu errado... Talvez eu estivesse tão ansiosamente feliz por ter encontrado “a garota” que eu tenha colocado tudo a perder com minha nada ortodoxa e bipolar maneira de ser na época. Talvez existam dois vilões nessa história e talvez não exista nenhum culpado. Talvez, em cada rosto de desconhecida eu tente achar aquilo que eu achei um dia e deixei escorrer pelas mãos. Talvez este seja apenas um apelo sem voz que grito silenciosamente nesse canto levemente iluminado de esperança que ecoa no vácuo da minha pobre e confusa dor de ter a certeza de que nada faz sentido...
Talvez seja apenas um drama para ser transformado em um roteiro algum dia, talvez uma consulta para escrever algumas músicas daqui há um tempo.
Mas a pergunta que sempre, sempre e sempre vai existir por aqui é: Qual o sentido disso tudo? Qual o sentido de acordar todas as manhãs, enfrentar um chefe judeu filho da p* (ou outros que ainda vão vir, ou aquelas que já passaram), tentar uma graduação novamente e ficar no ócio nos dias de domingo? Qual o sentido disso tudo?