sexta-feira, 13 de junho de 2014

Outro... último?

"Você está esperando por um trem, um trem que irá leva-lo para longe.
Você sabe onde espera que o trem irá leva-lo, mas não pode ter certeza.
Mas isso não importa, porque nós vamos estar juntos."

Sim, vou começar citando o roteiro de Inception. Com meu conflito interno, de tantas postagens e páginas escritas, apagadas, reescritas, arquivadas, enfim... eu busco um sentido em tudo. Busco explicações racionais para coisas emocionais...

Não há como entender o porquê de várias coisas que se repetem com maestria e inexplicável similaridade entre elas no que tange a minha singela linha de tempo iniciada na madrugada do dia 05 de outubro de 1982. Não há como entender por quê meu pai simplesmente resolveu ir embora em uma noite qualquer. Não há explicação para meu completo talento para o fracasso, seja ele de relacionamentos, profissional e como pessoa. 

Entre o equilíbrio do meu bem e do meu mal, com coisas que eu luto para que sejam certas, boas e idôneas de minha parte e os momentos, tanto presentes quanto passados em que eu exerço meu lado mais obscuro dos pensamentos e ações, tudo se resume a uma questão: Por quê?

Em busca dessa respostas, que se abrange a uma jornada do meu inconsciente (e quem sabe até espiritual, buscando alguma falha ou ação terrível de um passado que ficou esquecido em outras existências), parto agora em uma jornada que não sei bem se tem volta. Uma regressão não assistida (e francamente, sem muita crença de sucesso) para buscar essa explicação.

Visto isso, fica aqui minhas sinceras desculpas a todos que cruzaram meu caminho e que por ventura eu tenha feito mal, também as desculpas àqueles que gostam de mim e que sentirão minha falta (são poucos, mas bons) e, caso eu esteja sendo injusto em ter tanta mágoa do meu pai pela forma como ele conduziu nosso relacionamento (e que eu por tantas vezes tentei resgatar sem sucesso naquelas 4 horas e meia de tardes de domingo olhando os pássaros sem trocar nenhuma palavra durante incontáveis anos), também fica aqui meus sinceros sentimentos de apologia.

E a gratidão para minha mãe, que perdeu a visão e a juventude criando sozinha dois filhos, com apoio apenas do pai e sendo massacrado por uma família egoísta, injusta e hipócrita.

E meu pedido de desculpas à minha irmã, a qual eu fiz mal algumas vezes na minha incompleta e imperfeita natureza de ser humano.

Aos amigos, não há nada o que dizer a não ser obrigado.

Que se inicie então a viagem...

Caso haja uma descoberta neste plano, talvez eu venha relatar por aqui... Eu só espero que ela exista, independente do que venha daqui pra frente.

Rodrigo

domingo, 16 de março de 2014

O que realmente importa?

O título é um deja vu... provavelmente eu li em algum lugar. Mas aí eu me pergunto: O que realmente importa? Vejam, eu aqui, em São Paulo (sim, lembram como meus textos cansativamente me conduziam a morar nessa cidade?), em um apartamento de cerca de 62 m², a vida que eu sempre quis. Trabalho para o sogro torto do Kaká (vide seleção brasileira) e todos os dias eu sofro no trânsito que tão eloquentemente eu quis e pedi aos deuses do sucesso para enfrentar. Aí eu olho para tudo que eu conquistei hoje, mas parece que falta alguma coisa... então, o que realmente importa?

Estou aqui, longe dos meus amigos, longe da família, longe de tudo... Não que eu reclame, pois a família dá muita encheção de saco (e família eu digo parentes) e os amigos, cada um já está com o destino traçado, seja com suas esposas e filhos, seja nas suas aventuras fora das terras mineiras. Mas eu realmente me pergunto: O que realmente importa na vida? ACho que eu nunca quis de fato uma estabilidade financeira. Não. Definitivamente este não é o objetivo. O objetivo sempre foi me encontrar e, neste meio tempo, achar uma forma de ser feliz. Me encontro agora com 31 anos e não faço a mínima ideia do que eu quero pra mim. E isso engloba tudo. Tipo, não me vejo em nenhum outro lugar do planeta que não seja São Paulo. Hoje vi uma menina sendo assaltada no ponto de ônibus enquanto eu levava minha mãe que nos visita para a casa da minha irmã. Todos os dias centenas de imbecis fazem cagadas no trânsito e centenas de egoístas fodem com a vida dos outros, seja dirigindo, seja trabalhando... enfim... Mas São Paulo sempre foi o lugar pra mim. Só que sempre falta alguma coisa... estranho não é?

As vezes eu não entendo onde vou chegar... As vezes dá vontade de pegar a câmera e sair tirando fotos ao redor do munto... as vezes dá vontade de sair sem rumo com uma mochila nas costas... as vezes só dá vontade de ficar abraçado com aquela pessoa que você ama... sei lá...

Meio conflitivo essa coisa toda... Meu histórico de vida sempre foi, embora cercado de pessoas, ser uma pessoa solitária. Isso sempre me fez bem. Mas ao mesmo tempo, é tão bom ter um abraço ou apenas ter alguém que demonstre se importar com você e fazer questão de te incluir do dia a dia. Uns chama de carência, outros de boiolagem... eu não sei o nome disso. Sei que cada dia parece estar mais longe de me conhecer de fato e saber pra minha vida o que realmente importa. O que realmente importa? As vezes dá vontade de o mundo simplesmente virar algo abstrato e você pairar feito uma energia perdida, vagando pelo universo infinito como um nada, mas fazendo parte de um tudo. Pode ser efeito do Whisky que tomo agora, mas prezados leitores inexistentes do meu blog, eu não faço a mínima ideia do que importa. E nem sei bem o que me faz feliz. 

Tive uma crise de vida muito forte aos 27 anos, só que agora, aquele sentimento volta à tona. Não dá pra saber nada de mim... não sei a qualidade de sentimento que está em meu subconsciente agora... não dá pra imaginar o que eu quero... Vejo meus amigos com filhos e penso: "Puta, será que não era a hora?" Mas aí eu vejo minha situação financeira, com um carro velho e que vive falhando (embora eu goste muito dele), me desdobrando por uma empresa que não reconhece o meu verdadeiro valor (embora eu pense... será que realmente sou tão competente e dinâmico quanto eu penso que sou?), com um peso acima do que seria o ideal para a sociedade, com essa cicatriz maldita na cara.... Onde está meu valor nisso tudo? Aliás, eu penso o que eu realmente tenho a oferecer...CRise existencial, carência ou drama... enfim... O que acontece é que eu não me encaixo nessa maluquice de mundo nem sei ainda a que vim nessa bagunça toda. O que sei é que não tem como dar "reset", então amanhã o dia vai nascer de novo (sim, já disse isso) e eu vou ter que acordar e botar um sorriso falso no rosto pra fingir que tá tudo bem... mas não tá. Não sei o que realmente importa. Só sei que tá tudo errado. E eu não sei qual o caminho eu preciso tomar. Saco né? Podia tanto tudo ser mais simples. Podia tanto eu simplificar a coisa... podia tanto a vida não ser tão filha da puta e fazer as coisas serem mais fáceis... sei lá... só indecisões.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Outro... apenas mais um

Noite de terça-feira. Ainda há um muro. Desta vez, eu estou ali, bem cima, prestes a pular novamente. Transpor as barreiras que nós mesmos construímos, numa tragédia anunciada em que tudo pode dar errado [novamente] parece um sadismo incoerente com a vontade de não se machucar mais. Mas ali está você, prestes a se permitir... prestes a [talvez] se machucar novamente... Por quê isso acontece?

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Outro... Lembre-se

Lembre-se deste exato momento. Desse agora, de tudo que a vida te fez ter certeza... Lembre-se desse exato minuto. Lembre-se que você está com os ombros pesados, testa franzida, corpo desgastado e não consegue nem definir o que pensar... Lembre-se disso, como você não lembrou de todas as outras vezes e foi se permitindo, em todas as possibilidades que apareceram... Lembre-se que você já culpou muita gente da sua inabilidade de cativar (ou cativar da forma errada) e nunca percebeu que é você o problema. Sim, lembra disso quando um sorriso bonito bater de novo na sua porta, amigão. E se pergunte se você quer estar aqui, de novo, outra vez, novamente, escrevendo mais do mesmo inútil desgosto de que você vai estar no segundo plano sempre. Sempre amigão. Não faz isso mais com você mesmo, valeu???

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Outro... Quando tudo se repete...

Olá meu caro blog.

Amigo de todas as horas. Lembra que eu te prometi que haveriam postagens alegres e que não haveria espaços para lamentos... Pois bem, talvez, você nesse silêncio tecnológico e estático que supre a minha necessidade de ser ouvido ainda vá ter mais palavras do tipo... Mas neste caso, não vai haver "estrago" porque houve uma certa antecipação de envolvimento... enfim.

O que me frustra nem é a chance em si perdida, ou o fato de que "alguns meses atrasado" tenham me deixado em desvantagem. O que me frustra de verdade é que eu não consigo a chance, o benefício da dúvida de mostrar quem eu sou e o que eu posso oferecer... Ou estou em comparação com outro, ou estou apenas no momento e hora errados. 

E como isso sempre ocorre, eu busco incessantemente descobrir o que há de errado ou qual absurdo eu posso ter feito em outra existencia para ter que passar por isso, de uma forma tão injustificável. E o que é pior, eu não posso culpar ninguém por isso. 

Perdido e em frente eu sigo...